Turquia & Dubai — por Célia Biehler

Uma decisão está ganhando força dentro de mim, e aos 72 anos as decisões costumam ser sólidas: a partir de agora, ou melhor, desde alguns meses atrás, minha prioridade em termos de investimento tem sido e será viagens porque poucas coisas são tão fascinantes na vida.

Acabo de chegar de um passeio fantástico pelo Oriente Médio, sendo 10 dias na Turquia e 3 nos Emirados Árabes, e as belezas que vi e vivi jamais se apagarão!

Deserto de Dubai

Ah, a Turquia, berço das civilizações! Onde o visitante é arremessado em poucas horas a milhares de anos na história! Onde se conhecem lugares incríveis como as grutas escavadas em rochas na Capadócia por seres humanos que há milhares de anos fugiam dos perigos, e no outro dia as deslumbrantes maravilhas da arquitetura moderna!

Onde se faz rali no deserto de areias vermelhas e se anda de camelo tal qual as caravanas em priscas eras, desfrutando o por do sol na paisagem lunar, com direito ao jantar árabe no meio do deserto com musicas e danças típicas.

Istambul é uma cidade linda, parte antiga, outra dinâmica e moderna, com uma peculiaridade única: tem uma parte na Ásia e outra na Europa, separadas pelo Canal de Bósforo, pelo qual navegamos apreciando a beleza das duas margens de distintos continentes. Me encantou conhecer mais sobre a religião muçulmana, sobre a fé daquele povo que acorre às orações quando ouve o apelo nostálgico vindo dos minaretes, a suntuosidade das mesquitas e igrejas!

Em Ephesus visitamos a casa da Virgem Maria, a pequena piscina onde os primeiros cristãos eram batizados e o muro onde os fiéis colocam pedidos e agradecimentos; mesmo quem não professa religião alguma como eu, se impressiona com os cenários, com a carga histórica desses lugares.

Para mim, o ponto alto da viagem foi o voo no balão! Apesar de não ter sido na Capadócia e sim em Pamukkale por algumas intercorrências, a experiência é fantástica!

Início do voo de balão, direto da cabine do comandante!
Vista de dentro do balão: Pamukkale

Também em Pamukkale conhecemos as ruínas da milenar Hierápolis e sua história, o Castelo de Algodão e as piscinas naturais na encosta da montanha.

Além de apreciar tantas belezas, tivemos um privilégio extra: nosso guia, Gökhan, antropólogo e apaixonado pelo seu país, nos deu um banho de história antiga e contemporânea, não só sobre a Turquia mas também os países vizinhos.

Gökhan, nosso guia apaixonado pelo seu país, na Capadócia
Uma das cavernas milenares escavadas nas rochas da Capadócia
Mausoléu de Atatürk, o herói da Turquia, na capital Ankara

Da milenar Turquia voamos para Dubai, onde somos projetados para o futuro e para a suntuosidade: o Burj Khalifa com seus 836 metros de altura, 160 andares, a cujo topo se chega em menos de um minuto pelo super elevador, é de tirar o fôlego! De lá se descortina todo o luxo desta cidade ultra moderna, que mais parece saída de um conto de fadas.

Uma das vistas do alto do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, com 836 metros de altura e 160 andares

Tudo é astronômico naquele lugar! Os hotéis 7 estrelas, cujas diárias variam entre 800 e 20 mil dólares, exibem ouro nas fachadas, e os interiores ficam por conta da imaginação, já que não é possível acessá-los.

Toda a arquitetura é fantástica. Prédios de formatos diferentes, retorcidos, arredondados, altíssimos, espelhados, dourados, reluzindo ao sol escaldante de 43 graus no início do outono.

Visitamos também a praia de Jumeirah, com o famoso hotel Burj Al Arab que se reflete nas águas verdes, mornas e cristalinas do Golfo Pérsico.

Minha prima e eu em frente ao Burj Al Arab, hotel 7 estrelas de Dubai

Foi ainda em Dubai que fizemos o rali pelo deserto.

De Dubai fomos à capital Abu Dhabi, cidade maior e outra joia de beleza e modernidade. Lá visitamos a imponente mesquita do Sheik Zayed, uma das maiores do mundo! É difícil descrever o interior daquele templo. Só o tapete, que cobre totalmente a imensidão do lugar, pesa 40 toneladas, ocupou 3,5 mil tecelões e 11 anos de trabalho (de 1996 a 2007) para ser confeccionado a mão! O ouro nos afrescos e abóbadas é abundante, os lustres de cristal são imensos e todas as superfícies, do piso ao teto, são recobertas pelo mais fino mármore.

Mesquita do Sheik Zayed
Mesquita do Sheik Zayed
Interior da mesquita do Sheik Zayed
O tapete da mesquita do Sheik Zayed: 40 toneladas, 3,5 mil tecelões envolvidos na sua confecção e 11 anos para ficar pronto

Como não se encantar com essas maravilhas? Este relato traz um pálida ideia das belezas que vi e das emoções que vivi.

Espero viver ainda muitos anos mais para poder desfrutar deste prazer imenso que é viajar! E o mundo que me aguarde porque agora, pra mim, ele não tem limites!
Deixo aqui um agradecimento muito especial à Conexões Turismo, que organizou este passeio lindo. E que venham muitos outros!

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